Depois de mais de dois meses de conflito no Leste da República Democrática do Congo, o primeiro comboio com ajuda humanitária entrou hoje, sob a proteção da força de paz das Nações Unidas, em território dominado pelos rebeldes da milícia tútsi Congresso Nacional pela Defesa do Povo.
Ao desembarcar em Goma, a capital da província de Kivu do Norte, o enviado especial da ONU ao Congo, Alan Doss, declarou ter informações de que a vizinha Ruanda bombardeou o território congolês em apoio ao grupo rebelde, liderado pelo general congolês renegado Laurent Nkunda.
Nkunda é contra um acordo de US$ 5 bilhões para abrir as riquezas minerais do Leste do Congo à exploração chinesa.
O CNDP também acusa o Exército do Congo de ser aliado da milícia hutu responsável pelo genocídio de 800 mil pessoas em 1994, em Ruanda. Aquela matança sem precedentes de tanta gente em poucos meses está na origem da guerra civil no Congo. Levou à queda do ditador Joseph Mobutu (1965-97) e a um conflito generalizado, com a intervenção de oito países africanos.
A chamada Primeira Guerra Mundial Africana é considerada o pior conflito no mundo desde a Segunda Guerra Mundial, com um total de mortos em combate, de doenças e de fome chegando a impressionantes 5,4 milhões de pessoas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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Um comentário:
parece q a humanidade nao aprende muito com as omissões historicas do passado... enquanto alguns matam mil a cada 20 dias, outros matam 20 mil a cada diz e desses sào poucos os q falam. vexame histórico a vista.
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