O governo ditadorial de Nicolás Maduro, que tenta a reeleição em 22 de abril, é considerado ruim ou péssimo por 75% dos eleitores da Venezuela, indica uma pesquisa do Instituto Venezuelano de Análise de Dados (IVAD), citada pela Agência France Presse (AFP).
Das 1,2 mil pessoas ouvidas de 25 de janeiro a 5 de fevereiro, 58,4% descreveram o governo Maduro como péssimo, 16,6% como "mau" e 4,3% de regular a mau. Só 0,9% apontaram a ditadura como "excelente", 8,4% como "boa" e 10,2% de "regular para boa".
Um total de 77% entendem que a Venezuela precisa de um novo governo, 16% não veem necessidade e 7% não opinaram.
A popularidade de Maduro foi arrasada pela pior crise econômica da história da Venezuela, país com as maiores reservas mundiais de petróleo. O produto interno bruto caiu pela metade desde que Maduro sucedeu ao falecido caudilho Hugo Chávez, em 2013.
Para este ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê hiperinflação de 13.000%. O desabastecimento de alimentos e medicamentos é generalizado.
A maioria dos entrevistados citou como o pior problema venezuelano a falta de comida e remédios (56,4%), seguida pela insegurança pública (44,9%) e o alto custo de vida (43,8%).
Neste ambiente de colapso econômico, 31,5% disseram estar muito dispostos a votar, enquanto 31,7% estão dispostos, 16,1% têm pouco interesse, 10,2% nenhum interesse e 10,6% são indiferentes.
Na pesquisa específica sobre a eleição presidencial de 22 de abril, 17,6% anunciaram a intenção de votar em Maduro e 23,6% no candidato oposicionista Henri Falcón, um chavista dissidente, ex-governador do estado de Lara.
O Conselho Nacional Eleitoral e a Assembleia Nacional Constituinte, subservientes a Maduro, vetaram a participação da aliança oposicionista Mesa da Unidade Democrática (MUD) e dos principais líderes da oposição, como o ex-governador e ex-candidato a presidente Henrique Capriles e o ex-prefeito Leopoldo López.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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