O procurador especial Robert Mueller aperta o cerco ao redor da campanha do presidente Donald Trump. Um grande júri de Alexandria, no estado da Virgínia, aceitou ontem uma denúncia com 32 acusações de fraude bancária e fraude fiscal contra Paul Manafort, ex-chefe da campanha de Trump e ex-estrategista da Casa Branca, e seu sócio Rick Gates.
No ano passado, os dois foram acusados por lavagem de dinheiro e não se registrar como agentes estrangeiros a serviço da ex-república soviética da Ucrânia. Agora, eles foram denunciados por não revelar todos os seus rendimentos ao imposto de renda e fraude bancária.
Mueller foi nomeado em maio do ano passado para investigar o Russiagate, o escândalo sobre a interferência ilegal da Rússia na campanha eleitoral nos Estados Unidos. Ele revelou uma verdadeira guerra cibernética do Kremlin contra a democracia americana, com o uso das redes sociais e outros instrumentos das novas tecnologias com grande sucesso para derrotar Hillary Clinton e eleger Trump.
Diante de perspectiva de serem condenados a longas penas de prisão, os ex-assessores podem ser tentados a fazer delações premiadas. A Justiça dos EUA só vai aceitar se entregarem superiores hierárquicos na organização criminosa.
A investigação ainda está longe do fim. É uma sombra sobre o governo Trump.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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