quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Inflação supera expectativa e aponta para alta de juros nos EUA

Pelo segundo mês consecutivo, o índice de preços ao consumidor ficou acima do esperado nos Estados Unidos, aumentando a expectativa de alta nas taxas básicas de juros da maior economia do mundo. 

O índice pleno subiu 0,5% em janeiro ficou em 2,1% ao ano, quando os economistas esperavam 1,9%. O núcleo do índice, excluídos os preços mais voláteis de energia e alimentos, ficou em 1,8%.

Depois do anúncio, o rendimento dos títulos de dez anos da dívida pública do governo americano subiu para 2,89% ao ano e o dólar teve uma pequena alta. O Conselho da Reserva Federal (Fed), o bano central dos EUA, persegue uma meta informal de inflação de 2% ao ano.


Um aumento médio de 2,9% ao ano nos salários, a taxa de desemprego de 4,1% e a expectativa de uma alta mais forte nas taxas de juros foram as principais causas da forte queda nas bolsas de valores, que tiveram na semana passada a maior perda em dois anos.

O mercado espera agora pelo menos três altas nas taxas de juros neste ano pelo Fed. A primeira deve vir na próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto, em março. Há 20% de chance de quatro altas. O último aumento, em 13 de dezembro de 2017, elevou a taxa básica em 0,25 ponto percentual para uma faixa de 1,25% a 1,5% ao ano.

Até o final do ano, deve estar acima de 2% ao ano, num processo de normalização depois que o Fed praticamente zerou sua taxa básica, em dezembro de 2008, para combater a crise deflagrada pela falência do banco de investimentos Lehman Brothers, em setembro daquele ano.

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