Pelo menos 17 pessoas morreram no desabamento de um depósito de lixo sobre cinco casas de uma favela próxima, em Maputo, a capital de Moçambique, uma antiga colônia portuguesa no Sul da África. Mais pessoas podem estar soterradas sob e montanha de lixo.
A tragédia aconteceu por volta das três horas da madrugada de segunda-feira, quando uma chuva forte caiu sobre o lixão de Hulene, deflagrando uma avalanche que enterrou cinco casas construídas irregularmente.
O Serviço Nacional de Segurança Pública teme que o número de mortos possa ser maior: "A informação que recebemos das autoridades locais é que o número de moradores daquelas casas excede o número de mortes registradas, então continuamos a trabalhar para ver se há mais mortos", declarou Leonilde Pelembe, porta-voz do serviço.
Antes do colapso, as autoridades haviam pedido aos favelados que abandonassem as casas erguidas ilegalmente numa área miserável da capital moçambicana. De acordo com a agência de notícias portuguesa Lusa, a montanha de lixo tinha a altura de um edifício de três andares.
"Este lixão deveria ter sido fechado há dez anos porque estava cheio, mas continuavam a chegar caminhões e empilhar mais lixo. A consequência está aí", declarou a líder comunitária Teresa Mangue.
Cerca de 55% da população de Moçambique, de 14 milhões de habitantes, vivem na miséria. A Câmara Municipal de Maputo vai criar um centro de acolhimento temporária para abrigar os flagelados.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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