Com drones, helicópteros e aviões bombardeiros, Israel atacou mais de cem vezes nos últimos dois anos posições da organização terrorista Estado Islâmico na Península do Sinai. O ditador do Egito, marechal Abdel Fattah al-Sissi, impotente para conter os jihadistas, aprovou as ações militares israelenses, revelou hoje o jornal The New York Times.
A Península do Sinai foi ocupada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e devolvida ao Egito no acordo de paz assinado em 1979, em Camp David, nos Estados Unidos. Pelo acordo, tornou-se uma zona desmilitarizada. Os extremistas muçulmanos aproveitaram a situação para se instalar lá.
O maior grupo jihadista do Norte do Sinai, Ansar Beit al-Makdis, declarou lealdade ao Estado Islâmico em novembro de 2014, chegou a tomar uma cidade importante, Xeique Zuwaid, e derrubou um avião de passageiros da Rússia em 31 de outubro de 2015, matando todas as 224 pessoas a bordo. Centenas de militares e policiais foram mortos em seus ataques.
Israel e o Egito não comentaram oficialmente. Depois de travar quatro guerras, em 1948-49, 1956, 1967 e 1973, os dois países assinaram o primeiro tratado de paz árabe-israelense e há dois anos se aliaram contra um inimigo comum.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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