quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Israel volta a bombardear alvos militar na Síria perto de Damasco

A Força Aérea de Israel atacou na madrugada de hoje alvos militares hoje perto de Damasco, a capital síria, especialmente um centro de desenvolvimento de armas químicas próxima a Jamraia. O Exército da Síria declarou que sua defesa antiaérea neutralizou o bombardeio, mas fontes independentes indicam que a fábrica foi atingida, noticiou o jornal The Times of Israel.

"Nesta manhã, aviões de guerra de Israel dispararam vários mísseis do espaço aéreo do Líbano contra uma de nossas posições militares na zona rural de Damasco", afirmou o Exército em nota difundida pela mídia oficial da ditadura de Bachar Assad. "Nossos sistemas de defesa antiaérea bloquearam e destruíram a maioria deles."

Desde o início da guerra civil na Síria, em março de 2011, Israel bombardeou o país vizinho mais de cem vezes, destruindo, por exemplo, carregamentos de armas do Irã destinadas à milícia extremista xiita libanesa (Hesbolá), que luta ao lado do regime de Assad.

Jamraia fica a pouco mais de 10 quilômetros. É sede de várias instalações militares sírias, inclusive do Centro de Pesquisas e Estudos Científicos da Síria, acusado pelos Estados Unidos e a França de ser parte da produção de armas químicas. Israel havia atacado o centro em Jamraia em maio de 2013 e outra de suas instalações no Oeste do país em setembro do ano passado.

O governo israelense adota uma política de intervenção limitada no conflito sírio. Responde a todos os ataques deliberados ou acidentais contra o território de Israel e ataca comboio e fábricas de armas que possam ameaçar sua segurança.

Para evitar uma retaliação dos EUA depois de atacar a cidade de Guta com gás sarin, em 21 de setembro de 2013, matando pelo menos 1.421 pessoas, Assad aceitou uma proposta da Rússia. Prometeu entregar todas as armas químicas e parar de fabricá-las. Evitou a resposta de Obama, mas conservou parte de seu arsenal químico, que voltou a ser usado nos últimos dias na mesma Guta.

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