Cerca de 66% dos americanos apoiam o endurecimento das leis sobre compra e porte de armas e 31% são contra. É a maior porcentagem a favor de maior controle de armas desde 2008, indica uma pesquisa da Universidade Quinnipiac divulgada ontem, maior do que em 2013, depois do massacre na Escola Primária Sandy Hook, em Newtown, no estado de Connecticut.
Em 2008, 54% eram a favor de maior controle de armas e 40% julgavam desnecessário. Agora, 67% querem a proibição da venda de "armas de assalto", armas de guerra. Em fevereiro de 2013, 56% aprovavam a proibição de venda destas armas.
Depois do novo massacre, com 17 mortes, numa escola secundária de Parkland, na Flórida, na semana passada, há um movimento nacional liderado por jovens sobreviventes para pressionar as autoridades políticas a se livrar da influência da Associação Nacional do Rifle (NRA), o lobby dos fabricantes de armas.
Os jovens estão planejando uma marcha sobre Washington, com o apoio financeiro de celebridades como o ator de Hollywood George Clooney para exigir o fim da venda de armas de guerra e munições.
Diante da indignação da maioria, o presidente Donald Trump admitiu ser a favor da lei que proíbe o uso de um dispositivo que transformar armas semiautomáticas em automáticas. Mas esta é uma questão ligada ao massacre de 57 pessoas em Las Vegas em 1º de outubro de 2017, quando um atirador instalado num hotel atirou contra uma multidão que assistia a um concerto de música sertaneja.
Trump, que abriu o massacre recente na Flórida aos problemas mentais do assassino, também apoia o aumento da fiscalização no momento da compra de armas.
Outra pesquisa, divulgada pelo jornal The Washington Post e pela rede de televisão ABC, revelou a divisão de opinião ao longo das linhas partidárias. Cerca de 80% dos republicanos preferem detetores de metal (41%) e professores armados (38%) a leis mais duras sobre compra e porte de armas (9%).
Enquanto 29% dos republicanos acreditam que leis mais rigorosas poderiam ter evitado o massacre em Parkland, 59% disseram que professores armados teriam conseguido.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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