Num plebiscito para encerrar a carreira política do ex-presidente Rafael Correa, 64% dos votantes aprovaram ontem em referendo uma proposta para acabar com a reeleição indefinida do presidente do Equador, noticiou o jornal equatoriano El Comercio.
A "morte civil" dos condenados por corrupção, que não poderão mais exercer funções públicas, teve o apoio de 74%, um pouco mais do que o fim da prescrição dos crimes sexuais contra crianças, aprovado por 73,73%.
O Conselho Nacional Eleitoral, que ainda deve divulgar o resultado oficial, anunciou a participação de 82% do eleitorado nos sete plebiscitos. Na prática, a consulta popular enterra a versão equatoriana do "socialismo do século 21" pregado pelo finado caudilho venezuelano Hugo Chávez.
Eleito com o apoio de Correa, o presidente Lenín Moreno rompeu com o padrinho e festejou o resultado: "Hoje é o tempo dos jovens líderes. Partidos políticos: renovem-se! O povo disse sim. Os políticos que ansiavam se eternizar no poder não voltarão nunca mais. O Equador disse sim", escreveu ele no Twitter.
O ex-presidente Correa, que se mudou para a Bélgica, depôs nesta segunda-feira em Quito num processo sobre negócios com a Petrochina para venda de petróleo à China e à Tailândia.
A ruptura entre Moreno e Correa foi marcada pela prisão e condenação do ex-vice-presidente Jorge Glas num escândalo de corrupção envolvendo a empreiteira brasileira Odebrecht.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018
Equador acaba com reeleição presidencial sem limites
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