Dentro do programa de reformas lança pelo príncipe-herdeiro, Mohamed ben Salman, o Google está negociando com a companhia estatal de petróleo Aramco a construção de um grande centro tecnológico na Arábia Saudita. Como parte do acordo, a empresa de alta tecnologia criaria bancos de dados para a Aramco, noticiou o jornal americano The Wall Street Journal.
As conversas duram meses. Pelo Google, o principal negociador é Larry Page, diretor-executivo do gigante tecnológico. O objetivo do príncipe é diversificar a economia saudita até 2030 para reduzir a dependência do petróleo. Ele planeja vender 5% ações da Aramco, avaliada em US$ 1,5 trilhão a US$ 2 trilhões para levantar dinheiro para investimentos na sua Visão 2030, nome do programa de reformas.
O Google disputa com a Amazon e a Microsoft o mercado para oferecer serviços de computação e armazenagem de dados para empresas. Nenhuma das três tem um centro tecnológico na região. A Amazon planeja abrir um no Bahrein. A Microsoft anunciou a abertura de dois centros na África do Sul ainda neste ano.
A Amazon deve criar três centros na Arábia Saudita, com investimentos de US$1 bilhão. O anúncio oficial deve ser feito quando o príncipe Mohamed ben Salman visitar os Estados Unidos.
Com a abertura de centros no Oriente Médio, os gigantes da Internet vão disputar o fornecimento de serviços à indústria do petróleo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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