A ditadura comunista de Cuba repudiou ontem a decisão do presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, de desconvidar a Venezuela para a reunião de Cúpula das Américas, marcada para 13 e 14 de abril em Lima, e reafirmou seu apoio "inquebrantável" à ditadura de Nicolás Maduro, seu maior aliado político.
Em nota publicada nos jornais oficiais Granma e Juventud Rebelde, o Ministério do Exterior cubano rejeitou "energicamente" a decisão do Grupo de Lima de exigir do regime chavista um novo calendário eleitoral e não reconhecer a eleição presidencial antecipada para 22 de abril, considerando-a "uma intromissão inaceitável nos assuntos internos" da Venezuela.
Na visão da ditadura cubana, a declaração dos países do Grupo de Lima fere "os propósitos e os princípios da Carta das Nações Unidas". Para o regime castrista, é "insólito e incrível" que se use como "pretexto" uma suposta ruptura da ordem democrática quando o país "acaba de convocar eleição presidencial, como se reclamava antes".
Cuba ignora que a eleição foi antecipada e que os principais candidatos e a principal aliança oposicionistas estão vetados pela ditadura de Maduro. O resto do continente, com a exceção da Bolívia de Evo Morales e da Nicarágua de Daniel Ortega, não.
A fuga em massa de venezuelanos para o Brasil e a Colômbia indica que o regime chavista está em fase terminal, mas sua agonia pode se prolongar até que algum militar dê um basta à insanidade coletiva do governo Maduro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário