Uma professora francesa e dois funcionários iranianos das embaixadas da França e do Reino Unido foram levados a julgamento hoje no Irã sob a acusação de organizar os protestos violentos contra a reeleição fraudulenta do presidente Mahmoud Ahmadinejad.
A professora Clotilde Reiss foi presa em 1º de julho, quando tentava voltar para a França e completou 24 anos da mal afamada prisão de Evin, em Teerã. "Ela é acusada de coletar informações e insuflar os distúrbios", denunciou a promotora do tribunal.
Também estavam no banco dos réus Nazak Ashfar, do setor cultural da Embaixada da França, e Hossein Rassam. A televisão estatal acusou Reiss de passar informações a representações estrangeiras. Ashfar seria seu contato.
Em sua defesa, ela alegou que estava saindo do país e, por curiosidade, foi acompanhar as manifestações de protesto dos dias 15 e 17 de junho, quando tirou fotos colocadas na Internet.
Para o Reino Unido, o processo contra Hossein é ultrajante. Ele é acusado de conspirar com dois diplomatas britânicos expulsos do Irã para articular protestos de rua.
O julgamento do mais de cem oposicionistas foi considerado uma "farsa" pelo ex-presidente reformista Mohamed Khatami.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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