sábado, 8 de agosto de 2009

Irã julga francesa e funcionários diplomáticos

Uma professora francesa e dois funcionários iranianos das embaixadas da França e do Reino Unido foram levados a julgamento hoje no Irã sob a acusação de organizar os protestos violentos contra a reeleição fraudulenta do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

A professora Clotilde Reiss foi presa em 1º de julho, quando tentava voltar para a França e completou 24 anos da mal afamada prisão de Evin, em Teerã. "Ela é acusada de coletar informações e insuflar os distúrbios", denunciou a promotora do tribunal.

Também estavam no banco dos réus Nazak Ashfar, do setor cultural da Embaixada da França, e Hossein Rassam. A televisão estatal acusou Reiss de passar informações a representações estrangeiras. Ashfar seria seu contato.

Em sua defesa, ela alegou que estava saindo do país e, por curiosidade, foi acompanhar as manifestações de protesto dos dias 15 e 17 de junho, quando tirou fotos colocadas na Internet.

Para o Reino Unido, o processo contra Hossein é ultrajante. Ele é acusado de conspirar com dois diplomatas britânicos expulsos do Irã para articular protestos de rua.

O julgamento do mais de cem oposicionistas foi considerado uma "farsa" pelo ex-presidente reformista Mohamed Khatami.

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