Quase oito anos depois da invasão americana para vingar os atentados de 11 de setembro de 2001, o Afeganistão realiza sua segunda eleição presidencial sob uma ofensiva da milícia fundamentalista dos Talebã (Estudantes) e denúncias de fraude.
O favorito é o presidente Hamid Karzai, mas pode haver segundo turno contra o ex-ministro do Exterior Abdullah Abdullah.
A intervenção americana começa com grande bombardeio aéreo, em 7 de outubro de 2001. Antes do fim do mês, o regime precário da Milícia dos Talebã entrou em colapso. Os terroristas da rede Al Caeda, que tinha suas principais bases no emirado islâmico, estavam em fuga.
Mas, em vez de caçar Ossama ben Laden e sua turma, o governo George W. Bush preferiu desviar suas atenções para o Iraque de Saddam Hussein.
O presidente Barack Obama herdou duas guerras de Bush. Optou por encerrar a intervenção no Iraque para se concentrar no Afeganistão e no Paquistão, de onde acredita que vem as maiores ameaças terroristas.
A explosão coordenada de seis bombas em um hora no centro de Bagdá ontem, na véspera da eleição afegã, indica o interesse claro dos fundamentalistas de atolarem os Estados Unidos em duas guerras desgastantes e prolongadas ao mesmo tempo. Pelo menos 95 iraquianos morreram e outros 550 saíram feridos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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