O Partido Democrático do Japão (DPJ) venceu as eleições deste domingo, acabando com o monopólio de poder do Partido Liberal Democrata (PLD), que governava o país desde 1955, com uma breve interrupção de menos de um ano na década de 90.
Como os Estados Unidos ocuparam o Japão no fim da Segunda Guerra Mundial, depois de jogar duas bombas atômicas em Hiroxima e Nagasaki, o país só voltou a ter um governo independente em 1952, o PLD tinha um monopólio de poder que suscitava dúvidas entre acadêmicos sobre a democracia japonesa.
No pós-guerra, o Japão se tornou uma democracia no sentido de ter sempre governos eleitos e de respeitar os direitos humanos fundamentais. Faltava a alternância no poder.
A questão agora é se o DPJ, que sempre foi oposição, terá condições de se firmar como um partido viável, introduzindo um bipartidarismo saudável na política japonesa.
Com a palavra, o futuro primeiro-ministro Yukio Hatoyama, que, de acordo com a tradição política do país, vem de uma família de caciques do PLD. O atual primeiro-ministro, o conservador Taro Aso, já reconheceu a derrota e indicou que vai renunciar à liderança do partido.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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