domingo, 23 de agosto de 2009

Karzai quer negociar com o Paquistão

Dando como certa sua vitória na eleição de 20 de agosto, o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, quer abrir negociações com o vizinho Paquistão para combater a insurgência da milícia fundamentalista dos Talebã (Estudantes), que age dos dois lados da fronteira entre os dois países.

A chamada Linha Durand é uma fronteira traçada pelo Império Britânico no século 19 que os pachtunes sempre ignoraram.

Karzai tenta assim se alinhar à estratégia AfPak (Afeganistão-Paquistão) do governo Barack Obama. O objetivo é concentrar o combate ao terrorismo dos fundamentalistas muçulmanos ou jihadismo nesses dois países do Sul da Ásia.

Depois de admitir, ao assumir o cargo que os Estados Unidos "não estão ganhado a guerra no Afeganistão", o comandante do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, almirante Mike Mullen, descreveu a situação no país como "séria e se deteriorando".

Quase oito anos depois da intervenção americana para vingar os atentados de 11 de setembro de 2001 e cinco depois da primeira eleição de Karzai, a situação de anarquia, miséria e guerra sem fim que levaram à ascensão dos Talebã e à instalação de centros de treinamento d'al Caeda não mudou.

Desde o início do ano, mais de mil civis inocentes morreram na guerra. O número de soldados estrangeiros e talebã mortos também aumentou.

O Afeganistão é um dos grandes desafios de política externa de Obama. Ele sabe que o conflito não será resolvido somente com a força das armas. É preciso criar um Estado que funcione. O governo Karzai mal controla 30% do país.

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