sábado, 8 de dezembro de 2007

Japão aposta na tecnologia


O Japão aposta na tecnologia e na aliança militar com os Estados Unidos para enfrentar os desafios do futuro, como a ascensão da China e da Índia, a estagnação econômica, a luta política interna, o envelhecimento e o declínio de sua população, afirmou na quarta-feira, 5 de dezembro, no Rio, o professor Yukio Okamoto, assessor do governo japonês.

Há pouco mais de dois, o país tem um novo chefe de governo. Yasuo Fukuda (foto), de 71 anos, é o 30º primeiro-ministro do Japão no pós-guerra.

“As previsões são de que será um governo breve. Acho que estão errados”, previu o professor Okamoto, em palestra na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) sobre Os Desafios do Governo Fukuda e o Futuro da Tecnologia do Japão.

Com um apoio popular de 53%-58%, é o quarto primeiro-ministro mais popular desde 1945.

Quem ficou mais tempo no poder foi Eisaku Sato (1964-72). Sosuke Uno (1989) durou apenas apenas três meses. Na média, cada primeiro-ministro japonês governou de um a dois anos.

“Se Fukuda ganhar a próxima eleição, e ele tem um problema de idade [71], ficará mais tempo do que a média”, previu Okamoto. “É um cara descontraído, não tem idéias extremadas. Foi chefe da Casa Civil do governo Junichiro Koizumi (2001-2006), meu chefe. Conheço-o muito bem. É uma pessoa prática.”

Na Câmara dos Representantes, Yasuo Fukuda, filho do primeiro-ministro Takeo Fukuda (1976-78), tem uma maioria confortável. Com a coligação do Partido Liberal-Democrata com o budista Komeito (Partido do Governo Limpo), tem dois terços dos deputados. Mas, na Câmara dos Conselheiros (Senado), o PLD perdeu sua maioria pela primeira vez nas eleições de julho para o Partido Democrático do Japão.

Como o parlamento ficará dividido por mais seis anos, tempo dos mandatos senatoriais no Japão, será difícil tomar iniciativas ousadas. “O mundo muda rapidamente, e o Japão está atolado em conflitos internos”, lamenta Okamato.

Das 500 maiores empresas da lista Global Fortune, o Japão fica em segundo, com 67, atrás dos EUA, com 162; da França, com 38; e da Alemanha, com 37.

Para manter sua importância, o Japão aposta em novas tecnologias:
• sistemas de tráfego com sensores advertindo os motoristas para objetos que não estejam vendo, distribuídos em todo o sistema de tráfego;
• robôs humanóides não só para a indústria;
• robôs para dar informações;
• novas tecnologias para combater problemas ambientais, com um grandes investimentos na pesquisa de carros elétricos.

A força da economia do Japão vem também de pequenas e médias empresas, diz Okamoto: “A Nippura faz todos os painéis laminados de acrílico do mundo. Tem 100% do mercado. Isso você não vê na China e na Coréia”.

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