Depois da invasão da Embaixada Britânica em Teerã, a União Europeia adotou ontem novas sanções contra 180 empresas e dirigentes do Irã, mas não chegou a um acordo para impor um embargo ao petróleo iraniano.
A Alemanha, a França e a Holanda convocaram seus embaixadores no Irã para consultas, mas nem o Reino Unido decidiu romper relações diplomáticas para manter um canal de negociação aberto para discutir o programa nuclear iraniano, que está desenvolvendo armas nucleares.
Para os analistas, o episódio é mais um sinal de divisão interna no regime fundamentalista iranianos. Grupos mais radicais estariam decididos a isolar ainda mais o país. A república islâmica não sabe muito bem como reagir diante da Primavera Árabe, depois de ter reprimido violentamente sua própria oposição que protestava contra a reeleição fraudulenta do presidente Mahmoud Ahmadinejad, em junho de 2009.
Inicialmente, o Irã saudou a revolta contra ditadores que eram considerados inimigos, como Hosni Mubarak, do Egito. Quando chegou a seu maior aliado no Oriente Médio, Bachar Assad, na Síria, o regime dos aiatolás tentou fazer tudo o que for possível para sustentar a ditadura.
O objetivo das novas sanções é sufocar o regime iraniano financeiramente, informa a TV Sky News.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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