Vários executivos da Empresa de Telecomunicações de Cuba (ETECSA) foram presos no mês passado numa grande operação contra a corrupção. Seu presidente, Maimir Mesa, e os vice-presidentes foram afastados temporariamente, informa a agência de notícias Reuters.
Há pelo menos duas investigações: uma sobre o cabo enviado pela Venezuela para acelerar a Internet na ilha; outra sobre fraude em cartões de recarga de telefones celulares pré-pagos.
A ETECSA é uma das maiores empresas cubanas, com faturamento anual estimado no equivalente a R$ 800 milhões.
O cabo dado pelo presidente Hugo Chávez deveria ter sido ligado em julho, mas teve problemas técnicos. Cuba já tem mais de um milhão de telefones celulares. O total triplicou desde 2008.
Na sua luta para modernizar o regime socialista e revigorar sua economia, o presidente Raúl Castro trava uma batalha contra a burocracia. A luta contra a corrupção é sua arma.
Ao contrário dos outros países da América Central e do Caribe, Cuba não enfrenta a corrupção devastadora do tráfico de drogas. Mas, como não há transparência, a corrupção se dissemina em todos os níveis, inclusive para driblar as regras do sistema.
Houve outros casos recentes na aviação civil, na indústria de charutos, na mineração de níquel, em dois ministérios e um governo provincial.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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