LONDRES - Longe do cargo há quase dois meses, o presidente deposto de Honduras, José Manuel Zelaya, apoiado pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, pressiona por uma solução rápida da crise hondurenha ainda neste fim de semana, o que parece altamente improvável.
Zelaya está na Nicarágua, onde planeja sua volta a Honduras. Uma segunda tentativa frustrada pode inflamar uma situação extremamente tensa desde o golpe de 28 de junho.
Na tentativa de mediar o conflito, o presidente da Costa Rica, Óscar Arias, ganhador do Prêmio Nobel da Paz por sua ação para pacificar a América Central no fim da Guerra Fria, propôs a formação um governo de união nacional, com anistia para Zelaya pelos supostos crimes cometidos.
Mas o presidente interino, Roberto Micheletti, não admite devolver o poder a Zelaya, e este não aceita participar de um governo ao lado dos golpistas. Então, que reconciliação nacional é essa?
A entrevista coletiva programada para o final da reunião de hoje foi suspenso. O diálogo recomeça amanhã.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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