Pelo segundo dia seguido, as forças de segurança do Iraque atacaram um campo de refugiados iranianos que seria uma base dos Mujahedin do Povo, braço armado do Partido Comunista e principal grupo rebelde do Irã. Ao menos sete exilados iranianos e dois policiais iraquianos foram mortos.
O conflito recomeçou hoje, depois que soldados do Iraque cercaram o campo de Ashraf, na província de Diala, ao norte de Bagdá, com veículos blindados.
Na versão dos refugiados, a polícia iraquiana invadiu o acampamento ontem, matou oito pessoas e deixou outras 500 feridas. Hoje, os policiais usaram jatos d'água para tentar conter os protestos.
Em Bagdá, o governo do Iraque declarou não ter obrigação legal de acolher os refugiados, mas prometeu não expulsar os exilados, se os comunistas abandonarem o campo.
Durante a Guerra Irã-Iraque, nos anos 80, o então ditador iraquiano, Saddam Hussein, ofereceu asilo à oposição iraniana, em mais uma tentativa de minar o regime fundamentalista dos aiatolás.
A operação indica que o novo regime iraquiano, de maioria xiita, está muito mais próximo do Irã.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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