O Paraguai não conseguiu uma negociação ampla do Tratado de Itaipu, mas os presidentes Luiz Inacio Lula da Silva e Fernando Lugo fecharam um acordo para o país vizinho vender livremente no mercado brasileiro o excedente de sua cota de 50%.
A energia de Itaipu é um dos poucos recursos que o Paraguai tem para promover o desenvolvimento do país, um dos mais pobres da América Latina.
Lugo foi eleito no ano passado com uma proposta política de esquerda, rompendo um monopólio de poder de 61 anos do Partido Colorado. Sua ambição era renegociar a dívida de Itaipu, de US$ 18 bilhões, duas vezes maior do que o produto interno bruto paraguaio, de US$ 9 bilhões.
Além de Itaipu, há outras questões bilaterais importantes como a presença de fazendeiros e agricultores brasileiros, os chamados brasiguaios, o problema do contrabando formiguinha dos sacoleiros, tráfico de armas e drogas, lavagem de dinheiro e uso da Tríplice Fronteira, na Foz do Iguaçu, para atividades criminosas e terroristas.
Os brasiguaios são brasileiros que compraram terras no Paraguai e produzem, especialmente soja. Há um movimento de paraguaios sem terra que defende uma reforma agrária com expropriação das terras dos brasileiros.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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