A Indonésia, terceira maior democracia do mundo, faz hoje sua eleição presidencial. O favorito é o presidente Sisulo Bambang Yudhoyono, mas é praticamente certo que haverá segundo turno, em 8 de setembro.
É um país de mais de 17 mil ilhas que se estende por mais de 5 mil km do Oceano Índico ao Pacífico, com 6,6 mil ilhas habitadas por 240 milhões de pessoas de mais de 400 grupos etnolinguísticos, na maior diversidade cultural do mundo.
Também é um dos países mais biodiversos do mundo, mas menos do que o Brasil, apesar de ter até os dragões na ilha de Komodo.
A democracia é jovem. O ditador Mohamed Suharto chegara ao poder num golpe militar em 1965-66, o ano em que a Indonésia viveu perigosamente e os militares alinhados com os Estados Unidos massacraram os comunistas e esquerdistas, num banho de sangue com 500 mil a 1 milhão de mortes.
Suharto caiu em maio de 1998, derrotado pela crise asiática, com rebelião e sangue nas ruas. Mas o país se recuperou bem.
O poder central está concentrado na ilha de Java. Além do presidente, que concorre à reeleição, disputam seu vice e a ex-presidente Megawati Sukarnoputri, filha do pai da pátria, Ahmed Sukarno, fundador do Movimento dos Países Não Alinhados. Mas Megawati fez um governo medíocre. Ela e o vice ainda pegaram generais da era Suharto para candidatos a vice-presidente.
Isso acabou fortalecendo Yudhoyono como o verdadeiro representante da jovem democracia do Sudeste Asiático.
A Indonésia é o maior país emergente depois dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). A exemplo dos outros, pode se desenvolver num ritmo acelerado nas próximas décadas. É um parceiro importante do Brasil em negociações internacionais de comércio e meio ambiente.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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