domingo, 5 de julho de 2009

Rússia considera escudo antimísseis inaceitável

Na véspera de receber o presidente Barack Obama em Moscou, o presidente Dimitri Medvedev declarou que o sistema de defesa antimísseis dos Estados Unidos conhecido como Guerra nas Estrelas é inaceitável ao considerar a Rússia inimiga.

Em entrevista a jornalistas estrangeiros, Medvedev alegou que não é contra a ideia de defesas antimísseis, mas não pode aceitar que ela seja dirigida contra um país que participa do diálogo. O líder russo defendeu um sistema global coordenado pelas grandes potências contra ameaças que, no caso, só poderiam vir de países menores.

As relações entre os EUA e a Rússia se deterioraram bastante durante a presidência de Vladimir Putin (2000-08), que resgatou o nacionalismo russo e o orgulho do passado soviético dentro de seu projeto de relançar o país como uma superpotência.

O pior momento foi durante a guerra entre a Rússia e a Geórgia, em agosto de 2008, quando o Kremlin atacou uma ex-república soviética que o então presidente americano, George W. Bush, convidara para entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Ao mesmo tempo, num gesto de boa vontade com Obama, na expectativa de ter seu status de superpotência reconhecido outra vez, a Rússia autorizou o trânsito de tropas e equipamentos militares americanos pela espaço aéreo do país rumo à guerra no Afeganistão.

Obama quer negociar um novo tratado de redução de armas nucleares estratégicas. Os EUA e a Rússia ainda tem mais de 20 mil bombas atômicas, sem a menor necessidade. No raciocínio do presidente americano, é impossível persuadir o Irã, a Coreia do Norte e outros países a não desenvolverem armas atômicas, se as potências nucleares não tomarem iniciativas para reduzir seus arsenais.

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