LONDRES - A economia do Reino Unido sofreu uma queda no produto interno bruto de 0,8% no segundo trimestre deste ano na comparação com o trimestre anterior e de 5,6% em 12 meses, na maior contração desde os anos 30.
Foi o quinto trimestre consecutivo da queda da economia britânica, que antes da crise econômica mundial era a quinta maior do mundo, mas pode perder esta posição para a França.
Nos primeiros três meses do ano, o recuo foi de 2,4%. Agora, o declínio foi menor, mas a média das previsões do mercado era de uma perda de 0,3%.
Esta estimativa divulgada hoje pelo Escritório Nacional de Estatísticas ainda não leva em conta dados mais precisos sobre o comércio, o que poderia indicar uma melhora (ou não) na situação econômica.
O calor do início do verão e as liquidações poderiam ter esquentado as vendas. Mas, com tantos números negativos sobre a economia do país, ninguém se arrisca a fazer previsões otimistas.
Com o déficit público em 12% e a dívida pública em 56% do PIB com as despesas do Tesouro para enfrentar a crise, as contas públicas do Reino Unido estão em situação péssima. Há uma expectativa de que a economia britânica leve uns cinco anos para se recuperar.
As empresas trabalham para tentar manter o nível de produção, mas, como disse agora há pouco à BBC um gerente de produção industrial, não há qualquer expectativa de crescimento.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário