LONDRES - A autoridade do Supremo Líder Espiritual da Revolução Iraniana, aiatolá Ali Khamenei, está sendo desafiada, mas ele não está disposto a ceder. Advertiu hoje dois ex-presidentes vistos como porta-vozes da oposição para que moderem as críticas e aceitem o resultado da eleição presidencial de 12 de junho, denunciada como fraudulenta.
Nos últimos dias, os ex-presidentes Ali Akbar Hachemi Rafsanjani e Mohamed Khatami questionaram a legitimidade da reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, propondo a realização de um plebiscito para confirmar o resultado oficial, aprovado por Khamanei.
"A elite política precisa manter grande vigilância porque enfrenta no momento um grande desafio. O fracasso ao enfrentar este desafio levará a seu colapso", advertiu Khamenei, num texto distribuído em inglês pela agência oficial de notícias iraniana Press TV.
É interessante notar como o aiatolá usa a expressão elite política e não espiritual ou religiosa. De uma certa forma, caracteriza o papel político-partidário do fundamentalismo muçulmano, uma ideologia profundamente autoritária e antidemocrática.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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