O governo golpista de Honduras admitiu hoje antecipar a eleição presidencial marcada para 29 de novembro, mas rejeitou o ultimato da Organização dos Estados Americanos (OEA) para reconduzir ao cargo incondicionalmente o presidente José Manuel Zelaya, deposto no domingo passado.
Depois da América Latina, os países da União Europeia retiraram seus embaixadores de Tegucigalpa. O secretário-geral da OEA, o embaixador chileno José Miguel Insulza, chega amanhã a Honduras para tentar resolver a crise.
Diante do isolamento internacional do país, o presidente interino, Roberto Micheletti, aceitou antecipar a eleição. Ele responsabilizou o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pelo conflito em Honduras.
A Procuradoria-Geral hondurenha fez 18 acusações contra Zelaya, inclusive traição à pátria, abuso de autoridade e usurpação de poderes.
Apesar do toque de recolher noturno, partidários do golpe fizeram uma vigília luminosa ontem à noite. Durante o dia, houve manifestações contra e a favor de Zelaya na capital e em San Pedro Sula, principal centro industrial do país.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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