O presidente Barack Obama tomou hoje uma série de medidas descritas pelo porta-voz da Casa Branca como de "apoio ao desejo do povo cubano de ter direitos humanos fundamentais e de determinar livremente o futuro do país". Todas as restrições a visitas e remessas de dinheiro de cubano-americanos para parentes que morem na ilha estão suspensas.
A próxima medida deve ser uma abertura de telecomunicações, informou Dan Restrepo, assessor especial de Obama. Para aumentar o fluxo de informações, as empresas americanas do setor serão autorizadas a trabalhar para isso.
Esta decisão abre uma brecha no embargo econômico dos Estados Unidos contra o regime comunista cubano, em vigor desde fevereiro de 1962, em retaliação contra a estatização da empresas americanas. Em 1992, depois do fim da Guerra Fria, o embargo virou uma lei que exige a democratização do país. Foi endurecido ainda mais pela Lei Helms-Burton, em 1996, que pune empresas estrangeiras que façam negócios com Cuba por "tráfico de propriedades americanas".
Na 5ª Conferência de Cúpula das Américas, a ser realizada no próximo fim de semana, de 17 a 19 de abril de 2009, em Porto Espanha, capital de Trinidad-Tobago, Obama seria pressionado a levantar o embargo, especialmente pela ala antiamericana liderada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Tomou a iniciativa.
Agora, fica mais difícil criticá-lo. É um novo presidente dos EUA prometendo uma relação diferente com a América Latina.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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