Com a popularidade em baixa por causa da crise econômica global, o presidente Nicolas Sarkozy afia a linguagem e alfineta líderes mundiais, mas quase ninguém mais, além dele, ainda acredita no mito do hiperpresidente da França.
O jornal francês Courrier International publicou uma capa O Hiperpresidente (o Verdadeiro), com o presidente americano Barack Obama.
Entre os três pratos servidos a parlamentares franceses no Palácio do Eliseu, em Paris, na semana passada, as inconfidências de Sarkozy atingiram o presidente dos Estados Unidos e os primeiros-ministros da Espanha e da Alemanha.
Para Sarkô, que se acha o máximo, Obama "nem sempre está altura das exigências em eficiência tomada de decisões". O primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, "talvez não seja muito inteligente", enquanto a chanceler Angela Merkel "não tinha outra opção senão aderir à minha posição”, quando percebeu a situação de crise dos bancos da Alemanha.
Apesar de ser conhecido pela língua solta e pela facilidade para fazer inimigos, desta vez Sarkozy se superou, atingindo três aliados de uma vez só.
Foi mais uma sucessão de gafes de um presidente cada vez mais desacreditado por seu próprio eleitorado. Hoje, a maioria dos franceses confia mais nos sindicatos do que no presidente para manter seu emprego e seu poder aquisitivo em meio à crise econômica.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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