Os países mais pobres, com sistemas de saúde pública precários, são sempre os mais atingidos pelas pandemias, advertiu hoje a Organização Mundial da Saúde, parte do sistema Nações Unidas.
Em entrevista em Genebra, na Suíça, sede da OMS, o diretor geral adjunto, Keiji Fukuda, observou que as epidemias de gripe tem picos. Assim, só depois de vários meses de queda no número de casos será possível afirmar que a nova forma de gripe suína está sob controle.
Antes disso, há risco de retorno da doença com maior virulência.
Nem a OMS nem o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, do inglês) consegue explicar por que até agora a gripe suína só causou mortes no México. O DNA (ácido desoxirribonucleuico) do vírus é basicamente o mesmo, observou o diretor do CDC, Richard Bessar. Ele espera mais casos e casos mais graves nos EUA.
Na Califórnia, onde foram registrados 11 casos, o governador Arnold Schwarzenegger decretou estado de emergência de saúde pública. Cuba cancelou os voos vindos do México.
Em todo o mundo, os governos montaram esquemas de vigilância sanitária para fazer um registro e uma triagem dos passageiros que chegam do para saber se alguém apresenta sintomas da gripe suína. Vários aeroportos do mundo estão usando scanners com sensibilidade ao calor para verificar o calor do e até mesmo a existência de focos infecciosos em órgãos internos.
Mas o porta-voz da OMS, Gregory Hartyl, alerta: quem pegou o vírus mas ainda não desenvolveu a doença passa pelo equipamento sem ser identificado como portador do vírus H1N1, causador da gripe suína.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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