terça-feira, 28 de abril de 2009

OMS alerta para risco da gripe em países pobres

Os países mais pobres, com sistemas de saúde pública precários, são sempre os mais atingidos pelas pandemias, advertiu hoje a Organização Mundial da Saúde, parte do sistema Nações Unidas.

Em entrevista em Genebra, na Suíça, sede da OMS, o diretor geral adjunto, Keiji Fukuda, observou que as epidemias de gripe tem picos. Assim, só depois de vários meses de queda no número de casos será possível afirmar que a nova forma de gripe suína está sob controle.

Antes disso, há risco de retorno da doença com maior virulência.

Nem a OMS nem o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, do inglês) consegue explicar por que até agora a gripe suína só causou mortes no México. O DNA (ácido desoxirribonucleuico) do vírus é basicamente o mesmo, observou o diretor do CDC, Richard Bessar. Ele espera mais casos e casos mais graves nos EUA.

Na Califórnia, onde foram registrados 11 casos, o governador Arnold Schwarzenegger decretou estado de emergência de saúde pública. Cuba cancelou os voos vindos do México.

Em todo o mundo, os governos montaram esquemas de vigilância sanitária para fazer um registro e uma triagem dos passageiros que chegam do para saber se alguém apresenta sintomas da gripe suína. Vários aeroportos do mundo estão usando scanners com sensibilidade ao calor para verificar o calor do e até mesmo a existência de focos infecciosos em órgãos internos.

Mas o porta-voz da OMS, Gregory Hartyl, alerta: quem pegou o vírus mas ainda não desenvolveu a doença passa pelo equipamento sem ser identificado como portador do vírus H1N1, causador da gripe suína.

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