A Justiça do Peru condenou hoje o ex-presidente do Peru Alberto Fujimori a 25 anos de prisão por violações dos direitos humanos. É a primeira que um ex-presidente eleito democraticamente é condenado em seu próprio país por esse tipo de crime.
Fujimori foi considerado culpado de todas as acusações ligadas a dois massacres com um total de 25 pessoas cometidos pelos serviços secretos de seu governo na luta contra dois grupos guerrilheiros de esquerda: formação de esquadrão da morte, sequestro e assassinato.
Em sua defesa, Fujimori declarou ter orgulho de ter derrotado o Sendero Luminoso e o Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA).
Alberto Fujimori chegou à Presidência do Peru em 1990, derrotando o escritor Mario Vargas Llosa, o candidato liberal. Depois de entrar em conflito com o Congresso dominado pela oposição, deu um golpe em 1992, fechando o Legislativo e o Judiciário, o Fujigolpe.
Por derrotar os grupos rebeldes armados e conter uma inflação herdada do primeiro governo Alan García, Fujimori conquistou grande popularidade, o que lhe garantiu duas reeleições. Mas a última, no ano 2000, foi muito contestada.
Durante visita ao Japão, Fujimori, filho imigrantes japoneses, pediu asilo político. Em 2005, o ex-presidente chegou ao Chile na expectativa de influenciar a eleição presidencial peruana e talvez até de ser candidato.
Extraditado pelo Chile em setembro de 2007, Fujimori já havia sido condenado a seis anos de cadeia por usurpação do poder. Ele enfrenta dois outros processos criminais por corrupção.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário