Oficialmente os Estados Unidos afirmam tentar traçar um roteiro, na Conferência Internacional sobre Mudança do Clima, iniciada hoje em Báli, na Indonésia, para enfrentar o aquecimento global. Na prática, estão se aliando à China e a Índia, os dois países em desenvolvimento com mais de 1 bilhão de habitantes para não assumir qualquer compromisso de redução de emissão de gases que agravam o efeito estufa.
Os EUA esperam que as duas grandes potências emergentes, os grandes emissores do futuro, declarem em Báli que não querem aceitar limites obrigatórios de emissões, pelo menos se os próprios EUA não cortarem suas emissões e os países ricos não oferecerem tecnologia para mitigar a mudança do clima.
Assim, os EUA evitariam ficar na incômoda posição de bode expiatório do fracasso de um acordo para substituir o Protocolo de Quioto, que expira em 2010.
"A turma do Bush não quer fazer nenhum progresso real nas próximas duas semanas", comentou um especialista em Washington. "Mas também não querem ser duramente criticados internacionalmente de novo. Então a Casa Branca tenta discretamente evitar qualquer compromisso com metas claramente estabelecidas".
O encontro em Báli vai até 14 de dezembro. Participam os 192 países-membros das Nações Unidas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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