domingo, 2 de fevereiro de 2020

França envia mais 600 soldados para o combate ao terror no Sahel

Até o fim de fevereiro, a França vai mandar mais 600 soldados para participar da Operação Barkhane, que combate o terrorismo de extremistas muçulmanos na região do Sahel, ao sul do Deserto do Saara, anunciou hoje a ministra dos Exércitos da França, Florence Parly. Eles vão se juntar a outros 4,5 mil militares franceses que já estão na região.

A expectativa era que a França enviasse 2,2 mil soldados. O grosso dos reforços vai combater milícias jihadists na região de tríplice fronteira entre o Mali, Burkina Fasso e o Níger. O resto vai atuar diretamente no seio das Forças Armadas do Grupo dos Cinco do Sahel (Mauritânia, Mali, Burkina Fasso, Níger e Chade).

Junto com os 600 reforços, serão enviados cerca de cem veículos (blindados leves e pesados e veículos de transporte). Em novembro, a França perdeu 13 soldados num acidente entre dois helicópteros de combate.

Os grupos jihadistas intensificaram as ações terroristas no Sahel, uma região árida e pobre onde o aquecimento global agrava a miséria e a fome, com jovens homens sem futuro que são facilmente atraídos com promessas dos extremistas.

A intervenção militar francesa no Sahel começou em janeiro de 2013, quando grupos jihadistas e tuaregues marchavam em direção a Bamako, a capital do Mali. Conseguiu recuperar territórios do Norte do país, mas não acabar com as milícias.

Daqui a seis meses, a Operação Barkhane passará por nova avaliação. Numa reunião de cúpula no mês passado, a França e o G5 Sahel fizeram um apelo aos Estados Unidos para que não retirem suas forças do Sahel. Há cerca de 5 mil soldados americanos combatendo o terrorismo na África, a maioria na Somália, que fica no Leste do Sahel.

Um dos objetivos da França é mobilizar outros países europeus para que se engajem na guerra contra o terror na África. Como os EUA devem reduzir seu contingente, o comandante-em-chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas americanas, general Stephen Townsend, apelou aos europeus a que "aceitem o desafio e façam mais para ajudar a França no Sahel".

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