sábado, 1 de fevereiro de 2020

Palestinos rompem cooperação com EUA e Israel em segurança

Em reação ao plano de paz do governo Donald Trump para o Oriente Médio, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, anunciou hoje o fim da cooperação em questões de segurança e um rompimento total de relações com os Estados Unidos e Israel.

Por unanimidade, a pedido da ANP, a Liga Árabe rejeitou hoje no Cairo o plano de Trump por "não contemplar as mínimos direitos e aspirações do povo palestino" e declarou que não vai cooperar com sua implementação.

"Israel será o único responsável pelas consequência destas políticas", advertem os governos árabes.

A proposta de Trump estende a soberania de Israel ao Vale do Rio Jordão e a todas as colônias israelenses na Cisjordânia ocupada na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Isto é ilegal à luz do direito internacional, que proíbe a guerra de conquista. E declara que Jerusalém é a capital indivisível de Israel, embora o setor árabe (oriental) tenha sido ocupado na mesma guerra.

Também prevê a criação de um Estado Nacional palestino com soberania limitada no que restar na Cisjordânia e na Faixa de Gaza em quatro anos, desde que o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) entregue as armas e deixe de controlar Gaza.

"Jamais vou aceitar esta solução", afirmou Abbas. "Não vou deixar registrado na minha história que vendi Jerusalém."

Os palestinos continuarão lutando para acabar com a ocupação israelense na Cisjordânia e criar um país nos territórios da Cisjordânia e de Gaza com base nas fronteiras anteriores à guerra de 1967 e capital no setor oriental de Jerusalém.

Apesar das pressões do governo Trump, nem os maiores aliados dos EUA no mundo árabe, a Arábia Saudita e o Egito.

"Os esforços de paz devem procurar uma solução justa que inclua os direitos dos palestinos. A Arábia Saudita vai apoiar sempre as escolhas do povo palestino", declarou o ministro do Exterior saudita, Faissal ben Farhan.

Depois de adotar uma postura receptiva em relação ao plano, o Egito recuou: "A posição egípcia é bem conhecida e está em linha com as resoluções internacionais, a favor do estabelecimento de um Estado palestino com Jerusalém Oriental como capital."

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