Os Estados Unidos anunciaram hoje a morte num ataque de drones no Iêmen do líder da rede Al Caeda na Península Arábica, Kassim al-Raymi. O grupo terrorista reivindicou no domingo a responsabilidade por um ataque a tiros na base aeronaval de Pensacola, na Flórida, em 6 de dezembro, quando um oficial da Força Aérea da Arábia Saudita matou três marinheiros americanos.
Para o Departamento da Defesa dos EUA, a rede na Península Arábica, com sede no Iêmen, é o ramo mais perigoso d'al Caeda. Por causa do aumento da repressão ao jihadismo na Arábia Saudita, há alguns anos seus líderes se refugiaram na vizinho Iêmen, aproveitando a guerra civil neste país.
"Sob a liderança de Raymi, Al Caeda cometeu atos de uma violência bárbara contra civis no Iêmen e tentou realizar e inspirar numerosos ataques contra os EUA e suas forças", declarou o presidente Donald Trump na Casa Branca. "Sua morte degrada ainda mais Al Caeda e seu movimento global, e nos deixa mais perto da eliminar a ameaça que estes grupos representam para nossa segurança nacional."
A alegação é falsa. O Departamento da Defesa acaba de reconhecer que a morte do líder do Estado Islâmico, Abu Baker al-Baghdadi, não reduziu em nada a capacidade militar de sua organização terrorista. Trump cantou vitória e retirou os soldados americanos da Síria, mas o Estado Islâmico ainda tem cerca de 30 mil milicianos no Iraque e na Síria.
Cerca de 850 sauditas estão entre os 5 mil militares estrangeiros em treinamento nos EUA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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