A Força Aérea de Israel bombardeou e destruiu ontem o quartel-general e um depósito da Força Quods, braço da Guarda Revolucionária Iraniana para ações no exterior, no aeroporto de Damasco, a capital da Síria.
Pelo menos sete pessoas morreram, inclusive quatro oficiais do Irã, informou a agência de notícias turca Anadolu, acrescentando que o ataque aconteceu logo após o pouso de um avião de carga. A ditadura síria acusou Israel e declarou que as defesas antiaéreas do país avião interceptado "alvos hostis".
Três áreas diferentes foram alvejadas. O ataque anterior havia sido em 13 de fevereiro. No início do mês, a Rússia acusou a aviação israelense de colocar em perigo uma aeronave civil no espaço aéreo da Síria, controlado pelos russos.
Desde o início da guerra civil na Síria, em março de 2011, Israel realizou mais de mil ataques aéreos a alvos iranianos. O objetivo é combater a presença do Irã e de milícias xiitas aliadas como o Hesbolá (Partido de Deus) libanês das proximidades com a fronteira de Israel.
O Irã tem cerca de 900 guardas revolucionários e 20 mil milicianos xiitas na Síria para apoiar a ditadura de Bachar Assad. Quer criar um crescente xiita que vá do Irã ao Mar Mediterrâneo passando pelo Iraque e a Síria para chegar até o Líbano e armar o Hesbolá, arqui-inimigo de Israel.
Pelo menos 380 mil pessoas foram mortas na guerra civil da Síria, que completa nove anos em março. É o segundo conflito mais mortífero do século 21, atrás apenas da Primeira Guerra Mundial Africana, a guerra civil na República Democrática do Congo, com a participação de seis exércitos nacionais e dezenas de grupos armados irregulares. De 1996 e 2002, mais de 5 milhões morreram em combate, de fome e doenças.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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