Com o aumento do número de casos na Coreia do Sul, no Irã e na Itália, as bolsas de valores reagiram negativamente ao reavaliar o impacto econômico da epidemia do novo coronavírus. O total de casos registrados chegou hoje a 79.444, com 2.627 mortes, sendo 77.150 casos e 2.592 mortes na China.
O Japão tem agora 838 casos confirmados e a Coreia do Sul, 833. O maior número de mortes fora da China foi no Irã, 12. A doença chegou a 33 países e às regiões semiautônomas chinesas de Hong Kong e Macau.
Na Europa, com queda de 5,4%, a Bolsa de Milão teve o pior dia desde 2016. A Itália já tem 152 casos, com seis mortes. Frankfurt perdeu 4,01, Paris 3,95% e Londres 3,34%. Em Nova York, o Índice Dow Jones cai mais de 900 pontos ou 3,3%. No fim do dia, acumulou queda de mais de mil pontos (3,6%), devolvendo os ganhos do ano
Também nos Estados Unidos, o barril do petróleo West Texas Intermediate, do Golfo do México, padrão de referência do mercado americano, vale US$50,63 (-5,15%). Na Bolsa de Mercadoria de Londres, o petróleo Brent, do Mar do Norte, padrão do mercado europeu, está em US$ 54,79 (-5,44%).
O rendimento dos títulos de 10 anos do Tesouro dos EUA caiu para 1,377% ao ano, perto do mínimo histórico de 1,364% registrado em 2016.
Assim, o ouro, tradicional refúgio em momentos de crise, subiu 1,7% para US$1.677 a onça troy (31,1 gramas), a maior cotação desde o início de 2013.
Até agora, o mercado apostava que o impacto econômica doença sobre o consumo e os lucros das empresas seria temporário, com pico no número de novos casos em fevereiro. A propagação internacional do vírus muda as expectativas e aponta para o risco de uma pandemia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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