A explosão de uma bomba num comício a favor do primeiro-ministro Abiy Ahmed deixou pelo menos 30 pessoas feridas na cidade de Ambo, situada a 100 quilômetros a oeste de Adis Abeba, a capital da Etiópia. Seis pessoas foram presas. O atentado foi atribuído à Frente de Libertação Oromo.
O ataque é um sinal a mais do risco de violência política na campanha para as eleições gerais de agosto, um teste importante para a abertura política e as reformas econômicas de Abiy, ganhador do Prêmio Nobel da Paz 2019 pelas negociações para acabar com o conflito com a Eritreia, que durou 20 anos.
Com a liberalização do regime político, vários grupos étnicos rebeldes passaram a atuar abertamente, como a Frente de Libertação Oromo, que luta pela libertação do povo oromo contra o "colonialismo abissínio", e a Frente de Libertação Nacional de Ogaden, que defende a autodeterminação dos somalianos, que são maioria na região de Ogaden.
As rivalidades políticas e étnicas são o maior desafio aos planos ambiciosos de Abiy de reformar os sistemas políticos e econômico da Etiópia, que tem a segunda maior população da África e foi o país que mais cresceu no mundo na última década.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, e professor de pós-graduação nas Faculdades Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020
Ataque a bomba fere 30 em comício de partidários do primeiro-ministro da Etiópia
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