A Coreia do Norte já é capaz de produzir uma ogiva atômica pequena que cabe dentro de seus mísseis, ultrapassando um limite decisivo para se tornar uma potência nuclear, concluíram analistas dos serviços secretos dos Estados Unidos em um relatório confidencial divulgado pelo jornal The Washington Post.
Mais de uma década depois do primeiro de seus cinco testes nucleares, realizado em 2006, o programa nuclear militar avança rapidamente, acelerado desde a ascensão ao poder do jovem ditador Kim Jong Un, em 2011.
A última explosão, em 9 de setembro de 2016, seria de uma bomba de 20 a 30 quilotons (mil toneladas de dinamite), duas vezes mais poderosa do que a que destruiu Hiroxima, no Japão, em 6 de agosto de 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial.
"A comunidade de inteligência avalia que a Coreia do Norte produziu armas nucleares que podem ser instaladas em mísseis, inclusive em mísseis balísticos intercontinentais", capazes de atingir o território dos EUA, diz o memorando secreto.
O presidente Donald Trump ameaça realizar um ataque preventivo, se a ditadura norte-coreana desenvolvesse a capacidade de atacar o território continental dos EUA. O desafio está lançado. Se houver uma guerra nuclear, a estimativa é de milhões de mortes, especialmente na Coreia do Sul, que seria o alvo imediato da reação norte-coreana.
A avaliação da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA é revelada no momento em que outros informes indicam que arsenal nuclear do regime comunista norte-coreano tem mais bombas atômicas do que estimado anteriormente, num total de até 60.
Outra análise, feita nesta semana pelo Ministério da Defesa do Japão, também concluiu que a ditadura stalinista de Pionguiangue adquiriu capacidade nuclear.
No sábado, por unanimidade, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou sanções duras contra a Coreia do Norte, que devem reduzir as exportações do país em um terço. O voto favorável da China indica que a paciência do regime comunista chinês está se esgotando.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
terça-feira, 8 de agosto de 2017
Coreia do Norte conseguiu miniaturizar arma nuclear
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