segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Japão protesta contra míssil norte-coreano que invadiu espaço aéreo

Em mais um desafio aos Estados Unidos e aliados no Leste da Ásia, a ditadura comunista da Coreia do Norte testou hoje um míssil balístico de médio alcance que passou por cima do Japão, invadindo seu espaço aéreo. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, condenou o teste, descrevendo-o com uma "grave ameaça".

Foi o primeiro míssil que o regime norte-coreano disparou sobre o Japão desde 2009. Este passou por cima da ilha de Hokkaido, a segunda maior do arquipélago japonês, muito menos povoada do que a ilha de Honshu, e caiu no Oceano Pacífico 14 minutos depois do lançamento a cerca de mi quilômetros da costa japonesa.

"Esta ação ultrajante de disparar um míssil sobre nosso país é uma ameaça séria, grave e sem precedentes que danifica seriamente a paz e a segurança na região", afirmou o primeiro-ministro do Japão. Ele pediu a convocação da uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Durante conversa telefônica de 40 minutos, o presidente Donald Trump reafirmou o "forte compromisso" dos EUA com a segurança do Japão. Os dois concordaram em aumentar a pressão sobre a ditadura stalinista de Pionguiangue.

Desde o fim de sua patrocinadora, a União Soviética, em 1991, a Coreia do Norte, última fronteira da Guerra Fria, faz uma chantagem nuclear com o Ocidente, ameaçando desenvolver armas nucleares. Primeiro, o objetivo era barganhar ajuda de energia e alimentos para manter seu regime falido.

Quando o então presidente americano George Walker Bush colocou a Coreia do Norte num "eixo do mal" ao lado do Irã e do Iraque, em 2002, e atacou o Iraque, em 2003, a Coreia do Norte e o Irã aceleraram seu programas de armas atômicas.

Em 2006, a Coreia do Norte fez o primeiro de cinco testes nucleares. O segundo foi em 2009.

O atual ditador norte-coreano, Kim Jong Un, ascendeu ao poder com a morte do pai, em 2011, pouco depois da queda do ditador da Líbia, Muamar Kadafi, numa revolução apoiada por uma intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e de países árabes, e acelerou ainda mais o programa nuclear militar. Houve um teste nuclear em 2013 e dois no ano passado.

Na análise do regime da Coreia do Norte, Kadafi abriu mão de suas armas de destruição em massa para se aproximar do Ocidente e, quando foi atacado, não teve como se defender. Sob Kim Jong Un, o arsenal nuclear deixou de ser um instrumento de barganha política para se tornar a última garantia de segurança do regime.

O terceiro Kim ameaçou disparar mísseis contra a ilha de Guam, uma possessão americana no Pacífico com duas bases militares dos EUA. Sabe que não pode atacar porque seu regime seria destruído, mas fica fazendo sua dança de guerra e apresentando armas para pressionar os EUA a cederem diplomaticamente.

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