Na madrugada desta sexta-feira, a Polícia da Catalunha, na Espanha, anunciou ter evitado um segundo atentado ao matar cinco terroristas, desta vez na cidade praiana de Cambrils, 110 quilômetros ao sul de Barcelona, onde ontem à tarde uma caminhonete foi jogada contra pedestres matando 13 pessoas e ferindo mais de 100.
Os cinco terroristas de Cambrils entraram de caminhonete na área de pedestres quando foram mortos a tiros pelos policiais depois de ferir sete pessoas. Eles carregavam explosivos, facas, martelos e falsos coletes suicidas.
A polícia revelou ainda agora há pouco que uma morte numa explosão numa casa em Alcanar, na quarta-feira, tinha relação com o atentado de Barcelona. Isso significa que a célula terrorista estava fabricando bombas para realizar ações mais violentas. A polícia ainda caça o motorista da caminhonete.
Para os especialistas em terrorismo, é provável que a explosão tenha ocorrido durante a fabricação de uma bomba e pode ter acelerado a execução do atentado em Barcelona usando uma caminhonete como arma.
A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a autoria do primeiro atentado, mas não há certeza de que tenha relação operacional com o grupo que cometeu os atentados.
Para o professor Fawas Gerges, especialista em Oriente Médio da London School of Economics e autor de uma história do Estado Islâmico, se os três ataques foram coordenados, isso indica que há uma célula terrorista no coração da Catalunha.
Com a derrota nos campos de batalha do Iraque e da Síria, a estratégia do Estado Islâmico é infiltrar células terroristas em grandes cidades, onde seus ataques têm maior visibilidade e repercussão internacional, permitindo recrutar novos voluntários do martírio.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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