Com 99% das urnas apuradas, a Aliança Democrática teve 29,49% dos votos e elegeu 79 deputados, dois a mais do que o Partido Socialista, que teve 28,66% dos votos. O Chega conquistou pouco mais de 18% dos votos. Quadruplicou a bancada de 12 para 48 deputados. A extrema direita passou a ser a terceira maior força política do país.
Nos próximos dias, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa deve convidar o líder da Aliança Democrática, Luís Montenegro, para formar o próximo governo. Sem a extrema direita, será impossível formar um governo com maioria na Assembleia da República, de 230 deputados, a não ser que direita e esquerda se unem numa grande coalizão para barrar o neofascismo.
Se não houver acordo, os portugueses terão de voltar às urnas em breve.
A ascensão do neofascismo é um fenômeno global alimentado pela crise da democracia em garantir o bem-estar das classes médias na era da globalização. Portugal é apenas um entre tantos exemplos.
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