segunda-feira, 11 de março de 2024

Direita vence eleições marcadas por avanço da ultradireita em Portugal

A Aliança Democrática (AD), de centro-direita, venceu as eleições parlamentares antecipadas realizadas no domingo em Portugal com uma pequena vantagem sobre o Partido Socialista (PS), que governava o país há nove anos, mas a grande novidade foi o crescimento do partido Chega, de extrema direita, anti-imigrantes. Como o líder da AD se nega a fazer aliança com a ultradireita, uma Assembleia da República mais fragmentada aponta para um aumento da instabilidade política. 

Com 99% das urnas apuradas, a Aliança Democrática teve 29,49% dos votos e elegeu 79 deputados, dois a mais do que o Partido Socialista, que teve 28,66% dos votos. O Chega conquistou pouco mais de 18% dos votos. Quadruplicou a bancada de 12 para 48 deputados. A extrema direita passou a ser a terceira maior força política do país.

Nos próximos dias, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa deve convidar o líder da Aliança Democrática, Luís Montenegro, para formar o próximo governo. Sem a extrema direita, será impossível formar um governo com maioria na Assembleia da República, de 230 deputados, a não ser que direita e esquerda se unem numa grande coalizão para barrar o neofascismo.

Se não houver acordo, os portugueses terão de voltar às urnas em breve.

A ascensão do neofascismo é um fenômeno global alimentado pela crise da democracia em garantir o bem-estar das classes médias na era da globalização. Portugal é apenas um entre tantos exemplos.

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