TRIBUNAL REVOLUCIONÁRIO
Em 1793, na segunda fase da Revolução Francesa de 1789, durante o Período do Terror (1793-94), a Convenção Nacional aprova a criação do Tribunal Revolucionário, uma proposta do jacobino Georges-Jacques Danton.
A ideia é criar um tribunal penal extraordinário. Em 29 de outubro, passa a ser chamado de Tribunal Revolucionário. Quando Maximiliano Robespierre cai e é executado, em julho de 1794, há uma expectativa de que o Tribunal Revolucionário seja extinto. Mas ele é usado para processar os algozes do Reino do Terror e encerra suas atividades em 31 de maio de 1795.
Ao todo, cerca de 17 mil pessoas são condenadas à morte na guilhotina pelo Tribunal Revolucionário. Outras 25 mil pessoas são mortes em massacres e guerras decorrentes da Revolução.
PRIMEIRO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO NAZISTA
Em 1933, 40 dias depois da ascensão de Adolf Hitler ao poder como chanceler (primeiro-ministro) da Alemanha, os nazistas abrem em Dachau, a 16 quilômetros de Munique, o primeiro campo de concentração do regime.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), Dachau chega a ter 150 braços ou filiais. É o protótipo do campo de concentração nazista.
Cerca de 160 mil prisioneiros de guerra passam pelo campo principal e mais 60 mil pelos ramos. Pelo menos 32 mil são executados sumariamente, morrem sob tortura, de fome ou doenças. Milhares são deportados para centros de extermínio como Auschwitz, na Polônia ocupada pela Alemanha.
Os primeiros presos em Dachau são sociais-democratas e comunistas. A composição das vítimas revela a mudança nos alvos prioritários dos nazistas ao longo da guerra. Depois dos esquerdistas, é a vez de ciganos, homossexuais e testemunhas de Jeová.
Depois da Kristallnacht (Noite dos Cristais), em que judeus são mortos e lojas de judeus são destruídas na Alemanha, os judeus começam a ser deportados para Dachau. Inicialmente, os judeus são soltos se tiverem como sair da Alemanha.
Em 20 de janeiro de 1942, na Conferência de Wannsee, em Berlim, o regime nazista adota a "solução final" para exterminar os judeus da Europa. Uma câmara de gás é construída em Dachau em 1942, mas nunca é usada.
Além de ser o primeiro campo de concentração, Dachau é o centro das pesquisas científicas dos nazistas que usam seres humanos como cobaias.
Dachau é libertado pelos Estados Unidos em 29 de abril de 1945.
REVOLTA TIBETANA
Em 1959, 300 mil tibetanos protestam contra a ocupação chinesa e cercam o palácio de verão do Dalai Lama, em Lhaça, com medo da prisão do líder político e espiritual do Tibete, Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama, dando início a uma rebelião de duas semanas.
As manifestações, a princípio pacíficas, levam a choques com o Exército Popular de Libertação (EPL) da China e a combates violentos, com a morte de 2 mil soldados chineses e 85 mil tibetanos, números contestados. O Dalai Lama foge para o exílio na Índia.Parte do Império Chinês desde o século 13, o Tibete se torna independente em 1912 com a queda da monarquia na China. Depois da vitória da revolução comunista, em 1º de outubro de 1949, Mao Tsé-tung manda recapturar o Tibete.
Como o Tibete é o teto do mundo, com altitude média de 4,9 mil metros, e não há estradas, o Exército Popular de Libertação leva 11 meses para chegar lá, em outubro de 1950. No ano seguinte, é assinado um tratado que transforma o Tibete numa região autônoma da República Popular da China e deixa o governo regional a cargo do Dalai Lama.
A resistência cresce. Em dezembro de 1958, EPL ameaça bombardear a capital tibetana. A revolta é deflagrada pelo temor de que Tenzin Gyatso seja preso e levado para Beijim, quando o EPL convida o Dalai Lama para visitar seu quartel-general em Lhaça e ir sozinho, sem guarda-costas ou qualquer escolta.
Então, os tibetanos cercam o Palácio Norbulinka, em 10 de março, para impedir que o Dalai Lama vá ao QG chinês. Em 17 de março, a artilharia do EPL ataca o palácio. O Dalai Lama foge para a Índia.
Dois dias depois, começa a batalha das ruas. Os chineses são muito mais, têm as melhores armas e treinamento militar. Em 21 de março, o EPL bombardeia o palácio e mata dezenas de milhares de tibetanos acampados do lado de fora. A guarda pessoal do Dalai Lama é executada e os principais mosteiros do lamaísmo, o budismo tibetano, são destruídos.
No Grande Salto para a Frente (1958-62), uma política fracassada de criar unidades industriais no campo, quando morrem 30 milhões de pessoas na China e entre 200 mil e 1 milhão no Tibete. Durante a Grande Revolução Cultural Proletária (1966-76), mais de 6 mil mosteiros tibetanos são destruídos.
IMPEACHMENT NA COREIA DO SUL
Em 2017, a primeira mulher a presidir a Coreia do Sul, Park Geun-Hye, é destituída quando a Corte Suprema confirma a condenação em processo de impeachment, como prevê a Constituição do país.
A conservadora Park Geun-Hye é filha de Park Chung-Hee, ditador anticomunista da Coreia do Sul do golpe de 1961 até ser assassinado em 26 de outubro de 1979, durante a Guerra Fria.
Ela nasce em 2 de fevereiro de 1952. Em 1974, quando a mãe morre num atentado da Coreia do Norte contra o pai, ela se torna a primeira-dama. O legado do pai divide o país até hoje.
Em 1998, Park é eleita deputada da Assembleia Nacional pelo Grande Partido Nacional e exerce quatro mandatos consecutivos até 2012. De 2004 a 2006, preside seu partido, quando é chamada de "Rainha das Eleições".
Park toma posse como presidente em 25 de fevereiro de 2013. É considerada a melhor presidente depois dos três Kims (Kim Young-Sam, Kim Dae-Jung e Kim Jong-Pil) até estourar a série de escândalos de corrupção que envolvem a maior empresa da Coreia do Sul, a Samsung, uma potência transnacional, maior empresa de eletroeletrônicos do mundo, e levam ao impeachment por fraude e tráfico de influência em conluio com a amiga Choi Soon-Sil.
Pela Constituição da Coreia do Sul, a decisão do Parlamento precisa ser confirmada por dois terços da Corte Suprema.
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