sábado, 16 de março de 2024

Hoje na História do Mundo: 16 de Março

 WEST POINT

    Em 1802, o Congresso funda a Academia Militar dos Estados Unidos, em West Point, no estado de Nova York, local de um forte construído durante a Guerra da Independência (1775-83), para treinar e educar jovens na teoria e prática das ciências militares.

Com a Guerra de 1812 contra o Império Britânico, que tenta recolonizar os EUA, o Congresso decidiu ampliar a Academia Militar de West Point. Logo, vira o principal curso superior para formação de engenheiros no país.

Em 1877, o primeiro negro se forma em West Point. Desde 1976, a academia militar recebe mulheres. Tem hoje mais de 4 mil alunos.

BATALHA DE IWO JIMA

    Em 1945, os Estados Unidos vencem uma das batalhas mais ferozes da Segunda Guerra Mundial (1939-45) e tomam a ilha de Iwo Jima, no Japão, no fim de quase um mês de luta.

A invasão é precedida por 74 dias de bombardeio aéreo dos EUA às posições de 21 mil soldados japoneses na ilha fortificada em cima e embaixo da terra, com uma rede de túneis.

Os fuzileiros navais norte-americanos desembarcam em 19 de fevereiro e são repelidos pelo fogo de sete batalhões japoneses. Mais de 550 soldados dos EUA morrem no primeiro dia e 1,8 mil saem feridos.

Diante da ferocidade do contra-ataque, os EUA decidem avançar gradualmente. Fixam como objetivo tomar o Monte Suribachi, centro da defesa do Japão. 

Em 23 de fevereiro, os fuzileiros navais cravam a bandeira norte-americana no topo do morro, uma das imagens icônicas da guerra. Um terço da ilha está conquistado.

A Marinha dos EUA estabelece um governo militar na ilha em 16 de março. A batalha vai até 26 de março. Mais de 6 mil soldados norte-americanos e 18 mil japoneses morrem em Iwo Jima. Só 216 japoneses se rendem. Três mil desaparecem ou conseguem escapar.

MASSACRE DE MY LAI

    Em 1968, um pelotão do Exército dos Estados Unidos mata pelo menos 347 civis desarmados, talvez 500 homens, mulheres e crianças, no Massacre de My Lai, arrasando a aldeia da costa nordeste do Vietnã do Sul, num dos episódios mais violentos, brutais e cruéis da Guerra do Vietnã (1955-75).

Com informações de que guerrilheiros comunistas do Viet Cong estão escondidos na vila de Quang Ngai, os soldados norte-americanos entram na aldeia de My Lai numa missão de busca e destruição. Em vez de guerrilheiros, encontram apenas mulheres, crianças e velhos desarmados.

Mesmo assim, destroem a aldeia com requintes de crueldade. Estupram, torturam e matam. Jogam dezenas de pessoas, inclusive crianças e bebês, numa vala comum antes de executá-las com metralhadoras.

O massacre só acaba quando Hugh Thompson, um piloto do Exército dos EUA pousa de helicóptero em My Lai e ameaça atirar nos soldados delinquentes.

A história vem à tona em 12 de novembro de 1969, quando o jornalista investigativo Seymour Hersh dá o furo de reportagem: "O Exército diz que ele matou pelo menos 109 civis vietnamitas durante uma operação de busca e destruição em março de 1968 num reduto do Viet Cong conhecido como Pinkville." Depois se sabe que o total de mortes é muito maior.

Ele é o tenente William Calley, chefe do pelotão. Em 1970, durante julgamento numa corte marcial, declara que a ordem do comandante da companhia, capitão Ernest Medina, era remover os moradores da aldeia e, caso se recusassem, "acabar com eles".

O general Colin Powell, futuro comandante em chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA e secretário da Defesa, ajuda a acobertar o Massacre de My Lai.

ANEXAÇÃO DA CRIMEIA

    Em 2014, num plebiscito fraulento realizado sob a ocupação militar da Rússia, a Crimeia vota para se separar da Ucrânia e aderir à Federação, numa manobra do ditador Vladimir Putin não reconhecida internacionalmente.

Historicamente, a Crimeia era parte da Rússia desde o reinado de Catarina II, a Grande (1762-96). Em 1654, para celebrar os 300 anos de aliança entre a Ucrânia e a Rússia, o então ditador da União Soviética, Nikita Kruschev, dá a Crimeia à Ucrânia, na expectativa de que a URSS não se dissolveria.

Assim, quando acaba a URSS, a Crimeia faz parte das fronteiras reconhecidas internacionalmente da Ucrânia independente. Quando o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, cai na Revolução da Praça Maidã, por cancelar as negociações de associação à União Europeia (UE), a Rússia ocupa a Crimeia.

Como os soldados russos são 82% da antiga Frota do Mar Negro da URSS, compartilhada pelos dois países, a Rússia não precisa nem invadir a Crimeia. Já está lá. Depois, chegam os "homenzinhos verdes", soldados russos sem insígnia nem identificação para concluir a ocupação.

Com 97% a favor, no dia seguinte ao plebiscito, Putin e o Congresso da Rússia oficializam a anexação da Ucrânia. É o início da guerra que vira um confronto total com a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022.

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