Com a vitória numa eleição fraudulenta e sem oposição com quase 88% dos votos neste domingo, o ditador Vladimir Putin ganha um novo mandato de seis anos em que pode superar o ditador soviético Josef Stalin em tempo no poder no Kremlin.
Sem adversário real, Putin busca dar uma aparência de legitimidade a uma tirania que há um mês matou o líder da oposição na Rússia, Alexei Navalny, há dois anos trava uma guerra imperial de agressão contra um país vizinho e irmão, e ameaça usar armas nucleares.
Ex-espião do KGB (Comitê de Defesa do Estado), Putin forjou seu estilo de liderança na lógica do totalitarismo soviético. Não tolera o dissenso. Mesmo sem condições reais de vencer, dois candidatos contra a guerra foram impedidos de concorrer.
Se o putinismo não tolera rivais, tampouco abre espaço para herdeiros. Num regime onde eleição não se perde e o poder não se entrega, nomear um sucessor é iniciar a transferência do poder.
Eleições e movimentos populares dificilmente vão derrubar Putin. Na história da Rússia, a derrota na guerra leva a reforma ou revolução.
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