A visita de dois dias do secretário de Estado americano, John Kerry, a Omã na semana passada gerou uma esperança de trégua na guerra civil do Iêmen, o país mais pobre do Oriente Médio, em caos desde a Primavera Árabe. Foi em vão.
O grupo do presidente deposto Abed Rabbo Mansur Hadi, apoiado pela Arábia Saudita e monarquias petroleiras aliados, está profundamente dividido e os combates contra os rebeldes hutis, xiitas zaiditas financiados pelo Irã.
Depois de horas de encontro com os rebeldes, Kerry anunciou um acordo para cessar fogo e iniciar um diálogo para formar um governo de reconciliação nacional. Mas a tentativa de iniciar a trégua à meia-noite de 17 de novembro fracassou.
De acordo com o ministro do Exterior do governo no exílio, Abdulmalik al Mekhlafi, não houve acordo nem planos de abrir um diálogo para formar um governo de união nacional. Na visão do governo, seria uma cessão de poder sem garantias de que os hutis entregariam as armas e os territórios conquistados.
O governo deposto também questiona a legitimidade do Conselho Político Supremo formado pelos hutis e o ex-presidente Ali Abdullah Saleh. Depois de quatro meses de protestos em 2011, Saleh renunciou. Estava no poder há 32 anos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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