Com o apoio de uma coalizão aérea de 65 países liderada pelos Estados Unidos, de guerrilheiros curdos e milícias aliadas, o Exército do Iraque anunciou hoje ter penetrado hoje na cidade de Mossul, que está em poder da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante desde 10 de junho de 2014.
"Terminamos de fazer uma varredurra na vila de Gogjali e assumimos o controle da emissora de televisão de Mossul", declarou o general Abdelwahab al-Saadi, comandante das forças de elite antiterrorismo que estão na linha de frente da ofensiva lançada em 17 de outubro de 2016.
Os correspondentes de guerra confirmam que as forças de segurança iraquianas consolidaram suas posições nas vilas ao redor de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque. O comando conjunto da ofensiva afirmou que "as Forças Armadas do Iraque penetraram em setores da margem esquerda da cidade de Mossul".
É um passo importante, mas as unidades da linha de frente devem aguardar reforços antes de avançar rumo ao centro da cidade.
"Vamos reforçar nosso cerco ao grupo Estado Islâmico por todos os lados", declarou o primeiro-ministro Haider al-Abadi em pronunciamento na televisão iraquiana. "Os jihadistas não têm escapatória. Só podem morrer ou se render."
A queda de Mossul será um marco do fim do califado proclamado lá pelo líder do Estado Islâmico, Abu Baker al-Baghdadi, numa rara aparição pública na mesquita central da cidade, em 29 de junho de 2014. Seu quartel-general na Síria, Rakka, também está sob ameaça de guerrilheiros curdos apoiados pela Força Aérea dos EUA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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