O presidente Juan Manuel Santos e o líder máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Rodrigo Londoño, assinaram há pouco no Teatro Colón, em Bogotá, um acordo de paz revisado, depois que o primeiro texto foi rejeitado num referendo realizado em 2 de outubro de 2016.
A paz põe fim a um conflito de 52 anos, que tem sua origem na década de violência deflagrada pelo assassinato, em 9 de abril de 1948, do advogado Jorge Eliécer Gaitán, candidato do Partido Liberal à presidência.
Desta vez, o acordo deverá ser ratificado pelo Congresso, onde o governo Santos tem maioria, sem nova consulta popular. O grande adversário do acordo, o ex-presidente e atual senador Álvaro Uribe, insiste na convocação de novo referendo.
Uribe rejeita a cláusula do acordo que garante 5% das vagas na Câmara e no Senado nas duas próximas eleições independentemente do resulado nas urnas.
Santos ganhou o Prêmio Nobel da Paz, apesar da rejeição do acordo inicial no referendo. O comitê norueguês do Nobel declarou que seria mais um incentivo à paz. Pelo menos 220 mil pessoas morreram no conflito entre o governo e as FARC, maior grupo guerrilheiro de esquerda da Colômbia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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