Por unanimidade, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou hoje novas sanções ao regime comunista da Coreia do Norte por violar resoluções anteriores e ter feito em setembro seu quinto teste de armas nucleares, noticiou a agência Reuters.
O principal foco das novas sanções é a exportação de carvão norte-coreana. O país fica proibido de vender ao exterior cobre, níquel, prata e zinco. As exportações de carvão do regime stalinista de Pionguiangue terão um limite de 7,5 milhões de toneladas ou US$ 400,9 milhões, um corte estimado em cerca de 60%.
Desde o fim da União Soviética, em 1991, quando perdeu seu maior patrocinador, a Coreia do Norte, o país mais fechado do mundo, faz uma chantagem atômica, ameaçando os países vizinhos e os Estados Unidos com o desenvolvimento de armas nucleares.
Esta opção nuclear foi reforçada pela ascensão ao poder do jovem e inseguro Kim Jong Un, o terceiro na dinastia que governa o último país a manter todos os rituais do stalinismo, censura, tortura, perseguição implacável a dissidentes, campos de concentração, paradas militares e civis monumentais, julgamentos e assassinatos políticos.
Como a Coreia do Norte faz cada vez mais testes nucleares e de mísseis, parece que a estratégia de contenção adotada pelos EUA com a colaboração parcial da China não está funcionando. O regime comunista chinês não têm o menor interesse em desestabilizar a região.
Na prática, Beijim sustenta a ditadura de Pionguiangue, mas não quer a instalação de um sistema de defesa antimísseis americano na Coreia do Sul e do Japão. Isso daria uma vantagem estratégica aos EUA num possível conflito futuro com a China.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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