Os americanos devem "ficar alertas". Sob a presidência de Donald Trump, os Estados Unidos devem entrar numa era "sem precedentes" de "governança corrupta", adverte o professor, ganhador do Prêmio Nobel de Economia e colunista do jornal The New York Times Paul Krugman.
Em uma série de mensagens no Twitter, Krugman descreve Trump como o "aproveitador-em-chefe" da nação, capaz de distorcer as políticas do governo dos EUA "em direções que possam ser monetizadas", transformadas em negócios.
Krugman prevê "muitas privatizações" e "uma mudança geral da transparência para o turvo para que favores possam ser trocados". O economista espera uma "inclinação dos EUA para regimes autoritários" como a China e a Rússia, que em troca poderiam fazer grandes negócios no país.
"Estamos prestes a entrar, ou talvez já tenhamos entrado numa era de governança corrupta sem precedentes na história dos EUA. O que isso significa?", escreveu Krugman no primeiro tuíte.
"É importante entender que dinheiro roubado pela primeira família é uma questão menor", acrescentou o Nobel de Economia. "Mais importante é a distorção de políticas em direções que possam ser monetizadas", argumentou.
"Investimentos privados desnecessários em infraestrutura são só o começo, Esperem ver muitas privatizações e uma mudança geral da transparência para o turvo para que favores possam ser trocados", um ambiente favorável à corrupção.
"E pensem sobre o viés pró-tiranos da política externa. Os regimes democráticos - digamos, na Europa - são por suas próprias regras incapazes de oferecer propina ao presidente dos EUA. A Rússia de Putin e, nesta questão, a China de Xi ficarão a vontade para fazer grandes negócios.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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Um comentário:
Um dirigente, desse calibre - Trump, sem passado político é um grande prato para especulação. mas, suas ações, até agora, parece com a de Hitler que era nomear subalternos com visões antagônicas para no fim a decisão pertencer a ele.
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