segunda-feira, 7 de março de 2011

Obama autoriza julgamentos em Guantânamo

Depois de dois anos, o presidente Barack Obama quebrou uma promessa de sua campanha à Presidência dos Estados Unidos e voltou a autorizar os julgamentos militares de suspeitos de terrorismo no centro de detenção instalado na base naval de Guantânamo, um enclave americano em Cuba.

A prisão foi criada em fevereiro de 2002 para os presos na guerra do governo George W. Bush contra os fundamentalistas muçulmanos, desencadeada pelos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA.

É uma espécie de limbo jurídico. Foi usada por Bush para negar aos suspeitos de terrorismo os direitos dos prisioneiros de guerra garantidos pela Convenção de Genebra, sob o argumento de que não pertenciam a exércitos regulares nem obedeciam a uma cadeia de comando.

Durante a campanha de 2008, Obama prometeu fechar a prisão de Guantânamo em um ano. Os presos remanescentes seriam repatriados ou julgados nos EUA. 

Mas, no primeiro processo em Nova York, de um jovem africano que teria participado dos atentados contra as embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia em 1998, o juiz desconsiderou 384 das 385 acusações porque as provas eram viciadas, obtidas mediante coação, tortura e prisões ilegais.

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